Descobrir a base ideal para sua pele nem sempre é fácil. Para chegar ao tom mais próximo ao seu, o ideal é analisar três fatores: o tom, o subtom e o fototipo da pele.
Segundo o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tom de pele é a “cor que enxergamos de forma global”, podendo ser clara, média ou escura. Ela é definida pela quantidade de melanina e outros fatores, como a exposição solar.
Já o subtom é a “temperatura” dessa cor, podendo ser fria (rosada ou azulada), quente (amarelada/dourada) ou neutra. O fototipo é uma classificação médica, que avalia como a pele reage ao sol - se queima muito ou pouco e se bronzeia com facilidade ou não -, sendo classificada de I (muito clara, não queima e não bronzeia) até VI (muito escura, que quase nunca queima).
Tom e subtom, de acordo com o especialista, são relacionados à colorimetria e estética. Já o fototipo é um parâmetro médico, voltado para o risco de queimadura solar, envelhecimento cutâneo e câncer de pele.
“Duas pessoas podem ter o mesmo tom aparente, mas subtons diferentes (uma mais amarelada, outra mais rosada), e ainda assim terem fototipos distintos, dependendo da resposta da pele ao sol”, explicou o dermatologista.
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Como descobrir?
Muitos encontram dificuldades em descobrir o tom, subtom e o fototipo da pele. E eles podem ser descobertos de forma diferente.
“O tom de pele costuma ser identificado observando-se a face e o colo em luz natural, sem maquiagem, comparando áreas menos expostas e mais expostas ao sol. O subtom pode ser avaliado com alguns métodos auxiliares: observação da cor das veias (mais esverdeadas sugerem subtom quente; mais azuladas ou arroxeadas sugerem subtom frio; mistura indica neutro), comparação com tecidos ou cartões de cores quentes e frias junto ao rosto e análise em iluminação neutra, sempre evitando luzes amareladas ou muito brancas que distorcem o resultado”, explicou o médico.
“Já o fototipo é definido a partir da história clínica: como a pele reage aos primeiros 30 a 45 minutos de sol intenso sem proteção, se tende a avermelhar e descamar, ou se rapidamente escurece; esse dado, associado à cor natural da pele, cabelos e olhos, permite ao dermatologista classificar corretamente o fototipo”, completou.
Como encontrar a base ideal?
A forma mais segura de encontrar uma base que seja ideal é testá-la na transição entre rosto e pescoço, na região da mandíbula, sempre levando em conta a luz natural, de acordo com o especialista.
“Essa área ajuda a equilibrar o fato de o rosto, muitas vezes, ser ligeiramente mais claro que o corpo por maior exposição a tratamentos, filtros solares e cosméticos clareadores”, explicou.
“A base ideal deve ‘desaparecer’ na pele, sem criar linha de demarcação entre face, pescoço e colo. Em muitos casos, é necessário aproximar o tom da base ao do pescoço e do colo, e corrigir pequenas diferenças com bronzer ou produtos de acabamento, para que o conjunto fique harmônico”, acrescentou.
Caso tenha comprado uma base mais clara ou mais escura, para corrigi-la, é possível fazer uma mistura dela com outra base de tom diferente até atingir um meio-termo.
Se o erro é de subtom, usar pequenas quantidades de base de subtom oposto ou corretivos coloridos estrategicamente apenas nas áreas necessárias ajuda a consertar. “Em situações de leve diferença, bronzers, pós compactos ou translúcidos em tom adequado também ajudam a neutralizar o contraste, aplicados em quantidade moderada para não sobrecarregar a pele”, disse Miranda.