O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta terça-feira (4) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deveria pedir detalhamentos quando morrem inocentes e não sobre a morte de criminosos.
Embora tenha elogiado a ação das forças de segurança fluminenses, o governador criticou o ministro Moraes, que pediu ao governo do Rio de Janeiro os detalhamentos sobre a
“Tudo precisa ser transparente, mas eu gostaria também que o ministro Alexandre de Moraes e todos que questionam essa operação pedissem detalhamentos quando nós temos inocentes morrendo. Porque foram pedir detalhamento de criminosos que perderam a vida. Está claríssimo que quem estava lá no Rio de Janeiro e perdeu a vida, excluindo os quatro profissionais de segurança pública, eram pessoas com longa ficha criminal”, afirmou Zema.
O governador disse ainda que há um “viés” de parte do governo e de instituições que, segundo ele, “parece querer acobertar criminosos”. “A gente precisa dar o mesmo tratamento para os inocentes, que são a grande maioria dos que perdem a vida no Brasil — mais de 40 mil por ano. Isso realmente me deixa muito indignado. Você sempre lamentar vidas perdidas de criminosos e não lamentar vidas perdidas de inocentes… Eu, pessoalmente, discordo disso”, completou Zema.
Zema também reforçou que ofereceu apoio ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, mas cobrou maior presença do governo federal nas ações de combate ao crime organizado. “Minas dará todo o apoio quando for solicitado. Deixamos isso claro para o governador Cláudio Castro. Apesar de que, no meu entender, quem tem muito mais poder e deveria dar apoio é o governo federal. Ele tem blindados, Exército, Força Aérea e Marinha”, disse.
Lançamento do projeto Minas Bilíngue
As declarações foram dadas durante o lançamento do projeto Minas Bilíngue, realizado na Escola Estadual Maria Luiza Miranda Bastos, no bairro Planalto, em Belo Horizonte.
O programa tem como objetivo promover o ensino bilíngue e intercultural na rede pública estadual. A partir de 2026, escolas poderão oferecer aulas em diferentes línguas estrangeiras — como mandarim, italiano, alemão e francês — conforme a escolha da comunidade escolar, com o apoio de universidades como a UFMG. A primeira fase prevê a implementação de até 30 escolas bilíngues em Minas Gerais.
