O Senado instalou nesta terça-feira (3) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que vai investigar a estrutura e a expansão de facções criminosas e milícias em todo o país.
O colegiado elegeu o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente, por 6 votos a 5. Ele disputou o comando com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que ficou com a vice-presidência após um acordo entre os parlamentares.
O relator da CPI será o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), nome que já havia sido previamente acordado entre os integrantes do colegiado.
A instalação ocorreu na manhã desta terça, após uma tentativa de
Sem consenso, o cargo de presidente foi decidido no voto, o que gerou críticas da oposição, que questionou o fato de a presidência ter ficado com um senador ligado ao governo.
A criação da CPI ocorre após a operação policial que deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A CPI terá prazo inicial de 120 dias, podendo ser prorrogada.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou a instalação da comissão na última semana. O requerimento de criação havia sido lido em plenário em junho.
Segundo Vieira, que foi o autor do requerimento para a criação da CPI, o objetivo da comissão é apurar a estruturação, a atuação e o financiamento de organizações criminosas, com foco em facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além das milícias que operam no Rio e em outros estados.
Presidente e relator
Fabiano Contarato é formado em Direito e atuou por 27 anos como delegado da Polícia Civil. No Senado, já liderou a bancada do PT. Ele foi eleito em 2018 e está em seu primeiro mandato.
Já Alessandro Vieira, delegado da Polícia Civil por mais de 20 anos, foi eleito senador em 2018.