Tarcísio e Caiado endurecem críticas à PEC da Segurança proposta pelo governo

Governadores afirmam que proposta é “cosmética” e acusam Planalto de não enfrentar crime organizado

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil)

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticaram duramente a PEC da Segurança Pública durante sessão desta terça-feira (2) na comissão especial da Câmara que discute o tema.

A proposta, enviada pelo governo federal e tratada como prioridade pelo Planalto, mas enfrenta resistência entre governadores e parlamentares da oposição.

Tarcísio afirmou que a PEC enviada pelo governo não enfrenta problemas estruturais e pediu que o Congresso faça ajustes no texto, como o endurecimento de penas contra o crime organizado.

“A PEC é cosmética, não resolve os problemas. O que ela faz é elevar a lei do Susp à Constituição. É o Estado admitindo que o Susp não pegou”, afirmou.

Caiado adotou tom ainda mais duro e acusou o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de ser complacente com facções criminosas.

“O Governo Federal nunca teve atuação de enfrentamento com as facções. A complacência e a conivência do PT com as facções criminosas é algo muito nítido, muito identificado, essa parceria entra a parte criminosa e a convivência do PT”, disse o governador.

Além das críticas a proposta, os dois governadores também aproveitaram a comissão para destacar estatística de segurança pública em seus estados.

Tarcísio afirmou que sua gestão “extinguiu” a Cracolândia e reduziu índices de homicídio e latrocínio. Caiado, por sua vez, disse que Goiás “é um dos estados mais seguros do país”.

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Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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