O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores convocou uma reunião extraordinária para a próxima terça-feira (8), às 17h, para discutir os efeitos da decisão judicial que resultou na
A decisão, proferida por um juiz plantonista da primeira instância, obriga o partido a adotar providências para viabilizar a candidatura da deputada, que havia sido indeferida por não estar em dia com o pagamento das contribuições partidárias no prazo previsto pelo estatuto e pelo regulamento do Processo de Eleições Diretas (PED) 2025.
Diante da impossibilidade logística de reimprimir as cédulas já distribuídas a mais de 700 municípios mineiros, além da insegurança jurídica gerada entre os filiados, a Comissão Executiva Nacional do PT decidiu adiar a votação no estado. Uma nova data ainda será definida pelo Diretório Nacional do partido.
Em nota, o PT afirmou que irá cumprir a decisão judicial, mas destacou que apresentará defesa no processo, argumentando que todas as decisões internas sobre o caso seguiram o que estabelece o estatuto da legenda. A Executiva também desautorizou manifestação do Diretório Estadual do PT de Minas Gerais sobre os efeitos da decisão judicial no PED.
A pauta da reunião de terça inclui, além do imbróglio mineiro, a análise de outras ações judiciais movidas por filiados contra decisões internas do partido.
Entenda a confusão:
A deputada federal Dandara, do Triângulo Mineiro, teve sua candidatura à presidência estadual do PT barrada por suposta dívida partidária de R$ 130 mil — valor que ela afirma já ter pago. No sábado (5), ela conseguiu uma liminar na Justiça do Distrito Federal garantindo sua participação na eleição marcada para domingo (6).
Diante disso, a cúpula nacional do PT se reuniu às pressas e, ainda na noite de sábado, decidiu suspender a eleição em Minas Gerais. A decisão foi assinada pelo presidente nacional do partido, Humberto Costa.