A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a quebra do sigilo telefônico do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
O pedido foi protocolado após o parlamentar utilizar um celular durante visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em descumprimento às regras definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Imagens exibidas pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no dia da visita, mostraram Bolsonaro conversando com o deputado nos fundos da casa onde cumpria prisão domiciliar.
No registro, Nikolas aparece manuseando um celular, o que era proibido pelas condições estabelecidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
De acordo com a decisão do ministro, as visitas estavam autorizadas, mas deveriam seguir todas as restrições impostas pela Justiça, incluindo a proibição de entrada e uso de aparelhos eletrônicos.
O PSOL argumenta que a conduta do deputado configura crime e, por isso, justifica a necessidade da quebra de sigilo telefônico.
“O deputado foi formalmente informado das regras de visitação em 11 de novembro — normas que já estavam em vigor há mais de três meses. Nas próprias redes sociais, o parlamentar já havia criticado por diversas vezes as medidas cautelares impostas ao ex-presidente desde julho”, afirma o partido em nota.
A Itatiaia procurou o deputado para comentar o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.