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Propag: Federalização da MGI é aprovada em primeiro turno na Assembleia

Repasse da empresa que reúne ações do mercado financeiro ao governo federal faz parte do pacote de projetos envolvidos no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados

Assembleia de Minas deu aval para início da tramitação de dois projetos de interesse do governador Romeu Zema

A federalização da Minas Gerais Participações (MGI) foi aprovada em primeiro turno na Assembleia Legislativa (ALMG) na manhã desta quarta-feira (8). O repasse da empresa que reúne ações do mercado financeiro ao governo federal faz parte do pacote de projetos envolvidos no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).

O Projeto de Lei (PL) 4222/2025, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), foi aprovado por 53 votos a 1, sendo o início contrário o deputado Hely Tarquinio (PV). O texto agora deve ser aprovado em segundo turno na Casa.

A MGI é acionista de empresas como a Cemig, Copasa, Codemge e Gerdau, todas com fatias inferiores a 1% de participação. A companhia foi a última a ser incluída no pacote de projetos para adesão ao Propag e substituiu a proposta de federalização da Empresa Mineira de Comunicação (EMC) após o governo estadual ter relatado falta de interesse de Brasília em absorver a companhia que abarca a Rede Minas e a Rádio Inconfidência.

O Propag prevê o parcelamento da dívida dos estados em até 30 anos e mecanismos para a redução dos juros, hoje fixados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% ao ano. Minas deve cerca de R$ 170 bilhões à União.

Um dos mecanismo de redução de juros é a amortização da dívida em ao menos 20% do estoque. Desta maneira, dois pontos percentuais são reduzidos dos juros cobrados além da inflação. O governo Zema quer privatizar ou federalizar ativos para atingir a meta.

A votação da MGI aconteceu em meio as repercussões da prorrogação do prazo para negociação dos ativos estatais envolvidos no Propag. Na noite de terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que ampliou a data limite em um ano, com o fim movido para dezembro de 2026.

Emenda rejeitada

Uma emenda apresentada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT) foi votada em destaque e rejeitada por 34 votos a 20.

A parlamentar propôs que, com a federalização da MGI, os servidores da estatal garantissem sua estabilidade com o aproveitamento de seus cargos na estrutura do funcionalismo do estado.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.