Os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanharam o
Em maio, Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e expedir um mandado falso de prisão contra Moraes. O sistema foi hackeado por Walter Delgatti, a mando da deputada, que também foi condenado. Zambelli ainda foi condenada a pagar R$ 2 milhões por danos morais coletivos.
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A parlamentar deixou o Brasil em junho, em fuga para a Itália. Zambelli chegou a ser considerada foragida, e teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol, até que foi presa em uma unidade feminina em Roma, em julho.
A deputada também foi condenada a 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento, no caso em que perseguiu um jornalista com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Na época do julgamento, concluído em agosto, o STF também havia determinado a perda de mandato da parlamentar.
Os casos foram levados ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que depois de rejeitar um parecer que salvava o mandato de Zambelli, votou um novo documento pedindo a cassação. Apesar da derrota no colegiado, o Plenário da Câmara decidiu manter a cadeira da deputada.
Em decisão, Moraes suspendeu o resultado do julgamento e afirmou que a perda do mandato é “automática” após o trânsito em julgado de um processo, já que a condenação resulta na perda dos direitos políticos do réu. Segundo o magistrado, cabe à mesa diretora da Câmara apenas declarar a perda do mandato, em ato administrativo.