O senador Carlos Viana, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, detalhou nesta segunda-feira (25), com exclusividade para a Rádio Itatiaia,
Segundo Viana, a investigação será dividida em dois grandes momentos:
- Primeira fase: apuração de descontos indevidos feitos por associações e sindicatos.
- Segunda fase: análise de empréstimos consignados que teriam sido autorizados nas contas de pensionistas e aposentados sem o consentimento deles.
O senador destacou que a comissão já contabiliza quase mil requerimentos apresentados por parlamentares titulares e suplentes, e que cada fase da investigação deverá contar com dezenas de depoimentos, incluindo pessoas de outros estados e advogados de réus que desejam prestar esclarecimentos. “Queremos trazer um relatório com total credibilidade, mostrando para o aposentado e para a população exatamente o que aconteceu, quem foi responsável e como vamos evitar que a Previdência seja novamente assaltada”, afirmou.
Viana ressaltou a experiência do relator, dizendo que a parceria tem sido “muito positiva” e citou a necessidade de transparência na eleição para a vice-presidência da CPMI, que ainda depende de disputa entre governo e oposição. “Tudo será feito com antecedência e previsibilidade, sem surpresa, garantindo liberdade e participação de todos os parlamentares”, acrescentou.
Sobre o prazo da comissão, inicialmente de seis meses, o senador admitiu que será curto diante da complexidade do caso. Ele afirmou que a perspectiva é de que o trabalho possa se estender por mais seis meses, dada a quantidade de documentos, depoimentos e a colaboração do Ministério Público. “Estamos diante de um escândalo bilionário, envolvendo centenas de beneficiados e dezenas de associações e sindicatos. Seremos meticulosos na análise de cada ponto para assegurar que a CPMI entregue respostas claras à sociedade”, completou.