Presidência da Câmara de BH da aval para início do processo de cassação de Ganem

Com a denúncia aceita, o presidente da Casa, vereador Juliano Lopes (Podemos), reconheceu que a peça de acusação atende todos os critérios necessários para uma deliberação do plenário

Vereador Lucas Ganem é investigado por não ter domicílio eleitoral em Belo Horizonte durante as eleições

A presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte deu aval para abertura do processo de cassação do vereador Lucas Ganem (Podemos), acusado fraudar seu domicílio eleitoral e de quebra de decoro parlamentar. O parlamentar foi denunciado nesta segunda-feira (1°) pelo advogado Guilherme Augusto Soares.

Com a denúncia aceita, o presidente da Casa, vereador Juliano Lopes (Podemos), reconheceu que a peça de acusação atende todos os critérios necessários para uma deliberação do plenário. O conjunto dos vereadores agora deve decidir se abre o processo, ou arquiva a denúncia.

Segundo apurou a reportagem com fontes da Câmara Municipal, a votação deve ocorrer na quinta-feira (4). Ganem foi notificado oficialmente sobre o processo nesta segunda, mas, ao ser questionado pela reportagem, não quis se manifestar.

A denúncia afirma que Ganem cometeu fraude domiciliar ao realizar a transferência formal para Belo Horizonte, mas não constituiu residência efetiva na capital. O vereador, eleito com pouco mais de 10 mil votos para seu primeiro mandato, é do estado de São Paulo.

A acusação ainda afirma que o parlamentar lotou servidores em seu gabinete, mas esses funcionários estariam morando e trabalhando no interior paulista. A prática configura quebra de decoro parlamentar. Ganem também é investigado na Justiça Eleitoral pelas mesmas infrações.

Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, o presidente da Casa, Juliano Lopes (Podemos), detalhou a denúncia e disse que a Câmara procederá com “muita cautela” a partir de agora.

“A Câmara Municipal tem que ter muita cautela para conduzir esse processo, envolve um vereador, mas eu quero deixar bem claro para todo mundo que está presente aqui que a decisão final é do plenário, não é do presidente da Câmara”, explicou.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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