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Denunciado por apropriação indébita, diretor do Atlético na gestão Kalil presta depoimento

Carlos Fabel e outras testemunhas foram ouvidas hoje em audiência de instrução no Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte

Teor dos depoimentos é protegido, pois o processo está em segredo de justiça

Foi encerrada nesta segunda-feira (1°) a fase de depoimento de testemunhas no julgamento do ex-diretor do Atlético, Carlos Fabel, denunciado no ano passado pelo Ministério Público por apropriação indébita durante sua gestão no clube.

Fabel e outras testemunhas foram ouvidas hoje em audiência de instrução no Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O caso tramita na 11ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte.

Foram ouvidas as testemunhas do caso, como Sérgio Coelho, presidente do Atlético, e Sérgio Sette Câmara, ex-presidente do Galo.

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Além deles, foram ouvidas testemunhas de defesa, que são ex-assistentes financeiros do clube, e que trabalharam com Carlos Fabel.

O teor dos depoimentos é protegido, pois o processo está em segredo de justiça.

Com o recolhimento das provas orais, o processo agora caminha para as alegações finais, onde defesa e acusação apresentam seus últimos posicionamentos e aguardam a sentença. A expectativa é que a sentença saia a partir do mês de janeiro do ano que vem.

A ação do MP, que motivou a audiência, pede que Fabel devolva R$ 4 milhões aos cofres do Galo. A acusação aponta que o prejuízo ao clube, se somadas outras acusações relacionadas, pode passar dos R$ 18 milhões.

Os promotores analisaram dossiês e auditorias técnicas feitas pelo próprio Atlético nas finanças do clube. O MP identificou ações com suspeita de caráter criminoso na atuação profissional de Carlos Fabel durante o período de dez anos em que trabalhou no Galo.

O MP diz que havia um esquema, e Fabel enquanto diretor, aproveitou para desviar recursos através de contratos com consultorias, autorizando pagamentos irregulares e superfaturados para utilizar a transação para conseguir vantagem econômica pessoal.

Fabel era considerado braço direito de Kalil

Fabel foi contratado em 2009, na gestão do então presidente Alexandre Kalil (2009 a 2014). Ele teve posição de destaque na alta cúpula clube, sendo considerado o braço direito de Kalil quando o assunto era finanças. Teve atuação também nas campanhas do ex-prefeito da capital.

Alexandre Kalil não está neste processo, portanto não foi incluído como testemunha. Procurada pela reportagem, a defesa de Carlos Fabel ainda não se posicionou.

Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

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