O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI do INSS, comentou nesta segunda-feira sobre o depoimento de Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do órgão, que prestou esclarecimentos à comissão.
Viana afirmou que Jucimar esteve no centro das decisões que permitiram a continuidade de contratos que resultaram em descontos indevidos de aposentados. Segundo o senador, o relatório técnico assinado pelo ex-servidor e outros dois funcionários apresentou falhas significativas, especialmente na amostragem que avaliava a
“O documento manteve os descontos mesmo com alertas da CGU de que a empresa não tinha condições de manter o acordo. Queremos entender claramente os motivos que levaram a essa decisão, porque dificilmente qualquer outra associação teria seguido o mesmo caminho”, explicou Viana.
O senador também comentou sobre os próximos passos da CPMI, ressaltando a necessidade de ouvir outros nomes ligados aos governos atual e anterior. “Nós ainda temos muitos nomes ligados ao atual governo para serem ouvidos e ao governo anterior. Não temos prazo suficiente, dado que a segunda fase da CPMI, em fevereiro, se dedicará aos bancos. Pelo que tenho visto, pela quantidade de documentos e de envolvidos, as datas que temos disponíveis em dois meses vão se exaurir rapidamente”, disse.
Viana afirmou que vai propor a prorrogação da comissão por mais 60 dias, nos meses de abril e maio, para garantir que todos os depoimentos importantes sejam colhidos. “Estamos começando a recolher assinaturas para levar a proposta ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre. É uma resposta às cobranças de parlamentares que fizeram convocações e convites que ainda não conseguimos confirmar”, completou.
O depoimento de Jucimar integra a investigação da CPMI sobre o esquema de fraudes envolvendo aposentados e pensionistas, que já afetou centenas de beneficiários em todo o país. A comissão busca responsabilizar os envolvidos e corrigir irregularidades no processo.