Preso pela Polícia Federal, o empresário Sandro Temer de Oliveira foi dispensado de comparecer a
A decisão do STF reconhece o direito constitucional ao silêncio e à não autoincriminação. Além disso, a defesa de Sandro alegou que não havia garantias claras sobre as condições de transporte e custódia para sua condução até o Congresso Nacional.
Apesar da ausência oficial, a cúpula da comissão tem sido informada, por meio de interlocutores, de que o empresário estaria inclinado a colaborar com as investigações em um momento posterior. A possível colaboração incluiria revelações sobre outros integrantes do esquema e até nomes ligados à política.
Sandro é apontado como um dos nomes centrais por trás de duas associações que operavam junto a aposentados e pensionistas: a AAPPS Universo e a APDAP Prev. Segundo a Polícia Federal, as entidades seriam usadas para aplicar descontos indevidos em benefícios previdenciários, principalmente no estado de Sergipe.
As apurações indicam que essas associações movimentaram quase meio bilhão de reais.
Ex-servidor é levado para depor
Mesmo sem o depoimento do empresário, a comissão manteve a agenda prevista. O ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, foi conduzido até o Congresso para prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Afastado do órgão desde julho, ele é investigado por supostamente ter autorizado processos em massa que teriam facilitado a inclusão irregular de aposentados nas associações suspeitas.
Esta foi a terceira tentativa da CPMI de ouvir Jucimar. Em ocasiões anteriores, ele deixou de comparecer, sendo que, na última, apresentou justificativa médica.