A Polícia Federal enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um ofício em que aponta fragilidades na fiscalização de Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, e defende a presença de agentes dentro da residência do ex-presidente para garantir o cumprimento das medidas cautelares.
Segundo o documento, o monitoramento por tornozeleira eletrônica depende de sinal de celular e pode falhar ou ser sabotado. Nesse caso, haveria demora na identificação da quebra de regras, o que abriria margem para uma eventual fuga antes que os policiais fossem alertados.
Como solução, a PF sugere que uma equipe permaneça 24 horas na casa de Bolsonaro, prática já utilizada em outros casos de grande repercussão, como o do juiz Nicolau dos Santos Neto. A corporação destaca que apenas a vigilância eletrônica não é suficiente para assegurar a eficácia das decisões judiciais.
O documento informa ainda que a PF já dialogou com a Polícia Penal Federal e está pronta para atuar em conjunto, caso Moraes determine a adoção do reforço. A decisão caberá agora ao Supremo.