A audiência pública que teve a presença do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), nesta quarta-feira (13), na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa, não contou com a presença de deputados da oposição ao governo Zema.
O encontro
O Bloco Democracia e Luta, que reúne partidos opositores, justificou a ausência com uma nota contra a postura do vice-governador. No comunicado, o grupo afirma que Simões “utiliza espaços institucionais para manipular informações e atacar aqueles que estão trabalhando para solucionar um problema que Zema aprofundou”, em relação ao aumento do endividamento mineiro durante a atual gestão.
O texto cita que, em audiência anterior sobre o Propag, realizada em 8 de maio, o vice-governador teria apresentado, de acordo com os opositores, “diversas inverdades” sobre a adesão de Minas e de outros estados, além de ter prometido transparência sobre benefícios fiscais e não cumprido. “Nos últimos meses, ele tem se dedicado a propagar inverdades e a atacar, de forma leviana, o Parlamento e instituições mineiras e federais”, diz a nota.
O bloco também relaciona a postura de Simões a dados de uma pesquisa divulgada pela Itatiaia, na qual o vice-governador teria apenas 2% de intenção de votos e 65% de reprovação. “Demonstrando seu claro desespero eleitoral”, afirma o comunicado, que atribui o avanço do Propag ao trabalho do Parlamento mineiro, do senador Rodrigo Pacheco (PSD) e do presidente Lula (PT).
Ao final, a oposição afirma que decidiu não comparecer à reunião “por entender que a audiência — solicitada pelo próprio vice-governador — serviria apenas como palanque para novas mentiras, ataques e autopromoção eleitoral”.
Simões foi à ALMG para apresentar um balanço das negociações com o governo federal, detalhar prazos e cobrar rapidez na aprovação de propostas como a federalização de imóveis, da Copasa, Cemig, Codemig, Codemge e Minas Gerais Participações (MGI). No entanto, apenas parlamentares da base do governador Romeu Zema (Novo) compareceram.
