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Na ONU, Lula cita negacionismo e cobra países por metas contra aquecimento global

Em Nova York, Brasil realizou evento que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30)

Lula cobrou cooperação de países signatários do Acordo de Paris para avanços em questões climáticas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou que países signatários do Acordo de Paris apresentem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). A COP 30 no Brasil será em novembro e, até o momento, apenas cerca de 50 dos quase 200 países que fazem parte da Conferência das Nações para o Clima anunciaram suas metas para redução de emissão de gases de efeito estufa.

“Hoje, os países aqui reunidos estão cumprindo seu dever. Mas há outros que ainda não o fizeram. O negacionismo que enfrentamos não é apenas climático. É também multilateral. Ninguém está a salvo dos efeitos da mudança do clima”, cobrou.

Sem citar nomes, o petista fez referência a países que investem na indústria bélica e não na transição energética.

“Muros nas fronteiras não vão conter secas, nem tempestades. A natureza não se curva a bombas, nem a navios de guerra. Nenhum país está acima do outro. O risco do unilateralismo é a reação em cadeia que ele provoca. Cada compromisso rompido é um convite para novas atitudes isoladas”, afirmou o presidente.

Apesar de muitos membros não conseguirem cumprir metas anteriormente estabelecidas, o presidente brasileiro frisou que a mudança de mentalidade pode conter as mudanças climáticas.

“Não fosse o Acordo de Paris, já estaríamos na rota dos quatro graus de elevação da temperatura média da Terra. Se fomos capazes de proteger a camada de ozônio, também podemos deter o aquecimento global. O fatalismo é o pior inimigo da ação”, concluiu.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.