“Os EUA são um ator essencial, não é só a maior economia como um dos maiores emissores. Mas é um país que tem trazido respostas na área do clima com tecnologias e várias empresas envolvidas nesse debate. Estamos analisando a decisão do presidente Trump, mas não há dúvida de que terá um impacto significativo para a COP “, afirmou Lago.
Apesar das implicações, o diplomata afirmou não acreditar em boicote por parte dos norte-americanos à conferência. Ele ressaltou a importância do diálogo com os representantes do país para minimizar os impactos da decisão.
“É um anúncio político de muito impacto. Não acredito que haverá boicote devido à saída do acordo de Paris. Vamos ver de que maneira esse processo pode acontecer de forma mais construtiva. É uma decisão soberana de um país de sair de um acordo, mas isso não quer dizer que não há uma forma de contornar o acordo”, ponderou.
Na mesma entrevista coletiva, a secretária-geral das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, também comentou sobre os anúncios recentes de Trump e disse que o Brasil deve se pautar nas pautas em comum entre países.
“Vamos analisar cada passo do governo, mas como somos um povo com fé na vida, vamos procurar apoiar e trabalhar não as divergências, mas as convergências, que são muitas”, completou Rocha.
A COP-30 será realizada em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro de 2025, reunindo líderes de 193 países para debater ações contra a crise climática.