Moraes mantém prisão domiciliar de Bolsonaro

Ministro do STF citou risco de fuga do ex-presidente ao justificar a manutenção da prisão e do uso da tornozeleira eletrônica

O ministro Alexandre de Moraes, no TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (13) manter a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e as medidas cautelares impostas a ele.

O pedido de revogação havia sido feito pela defesa no último dia 23, mas Moraes entendeu que há risco de fuga do ex-presidente que foi condenado pela Primeira Turma do STF a mais de 27 anos de prisão.

“Com a condenação do réu Jair Messias Bolsonaro à pena privativa de liberdade de 27 anos e 3 meses, e o fundado receio de fuga, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8 de janeiro, autorizam a manutenção da prisão domiciliar e das cautelares”, escreveu o ministro na decisão.

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O ministro também afirmou que a prisão domiciliar é necessária para assegurar a ordem pública e garantir o cumprimento da pena, atuando como substituição da prisão preventiva.

“Dessa maneira, a garantia da ordem pública e a necessidade de assegurar a integral aplicação da lei penal justificam a manutenção da prisão domiciliar e demais cautelares, como substitutivas da prisão preventiva”, Complementou Moraes na decisão.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir ordens judiciais. Entre as medidas cautelares impostas estão:

  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • recolhimento domicilia;
  • proibição de acesso a embaixadas e consulados e de contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
  • proibição de uso de redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por meio de terceiros.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.

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