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Ministro de Lula diz que CPMI do INSS se transformou em ‘pirotecnia da oposição’

Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social, afirmou que deputados e senadores da oposição usam comissão para ganhar likes nas redes sociais

CPMI do INSS aprova convocações estratégicas para depoimentos no Senado Federal

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira (23), em entrevista exclusiva ao Jornal da Itatiaia, que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS se tornou “pirotecnia da oposição” e que deputados e senadores usam o espaço como “teatro” em busca de likes nas redes sociais.

“Eu fui o primeiro do governo a apoiar a CPMI. Considero que é um instrumetno legítimo do parlamento. Já vi CPIs que tiveram excelente resultado e outras que tiveram resulado aquém do resultado. Eu tinha uma preocupação e o governo também que essa CPMI se transformasse apenas em um palco político, é o que está acontecendo. De fato, não há novidades nas investigações além do que já tinha sido investigado pelo Polícia Federal e pelos órgãos de controle. Portanto, quando abrem os trabalhos o que vemos é uma pirotecnia de alguns membros da CPI, principalmente os da oposição e aqueles que deveriam comandar a CPI com isenção não o fazem. Procuram fazer um palco, um teatro, para conseguir votos e angariar likes. Lamento que ela não tenha sido mais útil para os aposentados que aguardavam um desfecho melhor”, afirmou o ministro.

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Wolney considerou normal a articulação da base de governo para evitar a convocação de Frei Chico, irmão do presidente Lula e diretor de um dos sindicatos que foi alvo de investigação sobre as fraudes no INSS.

“Essas convocações são votadas. Os membros da CPI têm autonomia para votar e convocar. Da mesma forma que elegeram membros da oposição para a presidência e a relatoria, os membros têm autonomia para aprovar ou derrotar os requerimentos. Depois que quebraram os sigilos e começaram a aparecer os rastros do dinheiro, o Frei Chico não se tornou prioridade, deve ter sido essa a razão para ele não ter sido convocado”, disse o ministro.

Ele afirmou ainda que, assim que assumiu a pasta da Previdência no lugar do ex-ministro Carlos Lupi, se colocou à disposição para ir à CPI, mas que até agora não foi chamado. “Me coloquei à disposição para ir na CPI desde que assumi o ministério. Se acharem conveniente me chamar, estou à disposição”, afirmou.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.