Lula convoca ministros para discutir segurança após adiamento do PL Antifacção

Texto deve ser votado na próxima semana na Câmara dos Deputados e é alvo de embate entre o governo e a oposição

O presidente Lula durante reunião no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião com ministros nesta quinta-feira (13) para debater segurança pública. O encontro, no Palácio do Planalto, acontece um dia após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiar a votação do projeto de lei Antifacção proposto pelo governo.

Participam da reunião o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; Rui Costa (Casa Civil); Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública); Fernando Haddad (Fazenda); Renan Filho (Transportes); Camilo Santana (Educação); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social); Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional); Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

A tramitação da proposta mobilizou governadores da direita, como Romeu Zema (NOVO), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, que se encontraram com Motta na tarde de quarta-feira (12).

Por isso, Lula também busca ouvir ministros que já chefiaram os Executivos estaduais para discutir a estratégia que o Planalto adotará em relação ao tema.

Ontem, o relator da proposta, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que é secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, recuou nas alterações que havia feito no texto e pediu a Motta que adiasse a votação da matéria para a próxima terça-feira (18).

Um dos principais pontos atacados pelo governo foi a proposta inicial de que as operações da Polícia Federal de combate ao crime organizado nos estados dependeriam de aval dos governadores, além da equiparação de facções criminosas ao terrorismo.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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