Lewandowski: ‘Crime organizado é fenômeno mundial, como aquecimento global e pandemia’

Ministro da Justiça e Segurança Pública foi convidado em CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (9)

Ministro Ricardo Lewandowski participou da CPI do Crime Organizado nesta terça-feira (9)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparou o crime organizado com outros problemas enfrentados mundialmente, como o aquecimento global, as pandemias e as crises econômicas.

Em participação na CPI do Crime Organizado na manhã desta terça-feira (9), o ministro classificou o crime organizado como um “fenômeno novo” e que vem sendo enfrentado por vários países.

“Estamos diante de um fenômeno novo. A verdade é que o crime organizado no mundo contemporâneo é um fenômeno que não estávamos habituados a enfrentar. Quando eu ingressei em um tribunal de alçada criminal, nos anos 1990, examinávamos crimes relativamente simples, do ponto de vista que a humanidade estava acostumada a conhecer. Roubos, roubos qualificados, roubos a mão armada, normalmente um revólver 38 ou um canivete. Os furtos eram simples, desapossando alguém de sua propriedade. Estelionato, enganar alguém, cheque sem fundo. Essa era a criminalidade em São Paulo, metrópole que tinha os maiores índices de criminalidade. Hoje a criminalidade se tornou algo complexo. É global”, afirmou Lewandowski.

“É um fenômeno preocupante. Preocupa tanto quanto o aquecimento global, como as guerras regionais, a corrida armamentista, as migrações que fugiram do controle. O crime organizado hoje é um problema tão grave como as crises econômicas, como aquela que assolou o mundo em 2008, como epidemias, como a da Covid, como o terrorismo, embora sejam fenômenos diferentes”, continou o ministro da Justiça.

Segundo Lewandowski, o Brasil possui “atuação forte” no plano internacional e já assinou 12 acordos de cooperação neste ano, além de ser o terceiro país de fora da Europa a integrar a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.

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