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Lava Jato: Dallagnol desabafa após ser condenado a indenizar Lula em caso do Power Point

Por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o ex-procurador tem até 15 dias para pagar R$ 135,4 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O então procurador da República, Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação-Lava Jato, em entrevista coletiva para falar sobre o oferecimento de denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O ex-procurador Deltan Dallagnol, que foi condenado, na última sexta-feira (25), a pagar R$ 135,4 mil ao presidente Lula (PT) por danos morais por causa de uma apresentação em PowerPoint que fez, em 2016,mo âmbito da Operação Lava Jato para ilustrar a denúncia sobre o caso do triplex do Guarujá, afirmou que “faria de novo mil vezes se eu tivesse mil vidas: colocar na cadeia e não na Presidência aqueles contra quem surgem fortes provas de corrupção.”

Dallagnol destacou ainda acreditar que fez a coisa certa. “Não me arrependo e quem deveria ser condenado são os corruptos e aqueles que lhes garantem a impunidade suprema”, pontuou o ex-procurador.

No texto da nota, Deltan Dallagnol agradece também aos que não o “deixaram sozinho” e fala em “pagar o preço de lutar por justiça num país em que os corruptos mandam”. O ex-procurador informou que vai pagar Lula com recursos que recebeu por meio de doações espontâneas.

“Agradeço também aos mais de 12 mil brasileiros que doaram, sem eu pedir, pequenos valores que somaram mais de meio milhão de reais. Vocês me fortalecem e me inspiram a não desistir de lutar pelo nosso país”, disse Dallagnol.

O valor, exatos R$ 135.416,88, inclui correção monetária, juros e honorários advocatícios. O ex-procurador ainda pode contestar os cálculos judiciais, mas não cabe mais recurso em relação à decisão. Se Dallagnol não realizar o pagamento no prazo estipulado, ele terá que pagar ainda multa de 10% sobre o valor, além de 10% de honorários do advogado.

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Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.