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Juliano Lopes projeta retorno a uma Câmara de BH pacificada após polêmica da tarifa zero

Presidente da Câmara de BH assumiu a prefeitura interinamente no momento de maior tensão entre os poderes da capital mineira no ano

Juliano Lopes e Nely Aquino estiveram juntos no anúncio de investimento para a compra do primeiro mamógrafo da rede pública de Saúde em BH

O prefeito em exercício de Belo Horizonte Juliano Lopes (Podemos) espera encontrar um cenário apaziguado na Câmara Municipal da capital mineira quando retornar à presidência da Casa, na próxima semana. Nesta segunda-feira (13), o parlamentar minimizou o clima conflituoso entre os vereadores após a derrota do projeto de lei da tarifa zero.

Juliano Lopes esteve no Hospital Metropolitano Célio de Castro onde anunciou a verba de R$ 1,5 milhão no orçamento federal para a compra de uma mamógrafo. Em entrevista após o anúncio ele também falou sobre sua passagem pela prefeitura de Belo Horizonte e projetou o retorno ao posto de presidente da Câmara Municipal.

“Primeiramente é uma honra é ser prefeito da cidade onde eu nasci. A gente sabe que tivemos um problema com a tarifa zero, mas a Câmara mostrou que apenas 10 vereadores foram a favor e 30 votaram contra o projeto. Então, a gente vem, de acordo com a necessidade, fazendo algumas visitas. Amanhã já vou anunciar, como prefeito, um projeto importante que cria os Centros Olímpicos em Belo Horizonte […] para mim é gratificante e a gente espera que, quando eu vou retornar para a Câmara, tudo volte a estar bem tranquilo”, afirmou.

O prefeito titular Álvaro Damião (União Brasil) está em viagem oficial à China e retorna ao Brasil no fim de semana. Essa é a terceira vez que Juliano Lopes assume interinamente a prefeitura neste ano.

A primeira vez aconteceu em abril, logo na primeira semana de Álvaro Damião como titular do cargo. Na ocasião o chefe do Executivo municipal fez uma viagem ao Peru. A segunda oportunidade se deu em junho, quando o prefeito viajou para Israel.

A viagem atual se dá no momento de maior tensão entre a prefeitura e a Câmara Municipal. No dia 3 de outubro, a derrota do PL que instituiria a gratuidade nos ônibus da capital se deu em uma sessão no plenário com galerias lotadas e pressão para que os parlamentares aprovassem a medida.

O texto foi rejeitado com votos contrários até mesmo de 12 vereadores que assinaram a proposta em uma manifestação de força da prefeitura, publicamente contrária à medida. A semana seguinte foi marcada por retaliações a projetos apresentados por parlamentares que se posicionaram a favor da tarifa zero.

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Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.