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Julgamento de Bolsonaro: Moraes cita organização criminosa ‘covarde’ e ‘traiçoeira’

Durante leitura, ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da ação defende soberania nacional e cita supostas tentativas de coagir STF

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal

Na leitura de seu relatório no primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre de Moraes, citou, sem dar nomes, a atuação do que chamou de “organização criminosa” que tentou “coagir o poder judiciário brasileiro”.

O ministro, que não citou também a ação de nenhum país, ainda afirmou que o grupo agiu para “submeter o funcionamento da corte ao crivo de outro estado estrangeiro”, em uma possível alusão à ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos para articular sanções, determinadas pelo presidente norte-americano Donald Trump, contra o Brasil.

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“Lamentavelmente no curso dessa ação penal se constatou condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa que de forma, jamais vista anteriormente do nosso país, passou a agir de maneira covarde e traiçoeira com a finalidade de tentar coagir o poder judiciário e o STF e submeter o funcionamento da corte ao crivo de outro estado estrangeiro”.

‘Soberania Nacional’

Moraes também afirmou que o STF se mantém firme diante das atuações externas e à pressão do julgamento. “O Supremo Tribunal Federal sempre será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional e seu compromisso com a democracia, os direitos fundamentais, o Estado de Direito, a independência do poder judiciário nacional e os princípios constitucionais brasileiros”, disse.

As declarações foram dadas no primeiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas por tentativa de golpe de Estado, que teria sido tentado após as eleições gerais de 2022 que acontecem a partir desta terça-feira (2) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os réus são acusados de cinco crimes, dentre eles tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. As penas somadas podem chegar aos 40 anos de prisão.

“A independência judicial constitui um direto fundamental dos cidadãos, inclusive o direito a todos de uma tutela judicial efetiva e ao processo e julgamento por um tribunal independente e imparcial, pois não se consegue conceituar um verdadeiro estado democrático de direito sem a existência de um poder judiciário autônomo para que exerça sua função de guardião da constituição e das leia. É um princípio inflexível da Constituição brasileira a independência do poder judiciário em defesa do país”, seguiu Moraes.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.