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Haddad diz que sanções dos EUA ao Brasil são para ‘livrar a cara dos golpistas’

Ministro da Fazenda voltou a criticar o tarifaço imposto por Donald Trump às exportações brasileiras

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a criticar neste sábado (23) a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Em debate da conjuntura política nacional e internacional na sede do Partido dos Trabalhadores em Brasília, o chefe da equipe econômica do governo a ofensiva contra o Brasil foi uma surpresa diante do canal aberto para o diálogo com Washington desde a posse de Donald Trump.

“Eu fiz uma reunião na Califórnia com o secretário do Tesouro [dos EUA], Scott Bessent. As tratativas estavam andando muito bem, até que essa atitude hostil nos surpreendeu pela ação de grupos de extrema-direita brasileiros que, de patrióticos, não têm absolutamente nada”, declarou.

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Haddad mencionou as mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia comentam as sanções do governo Trump.

Para o ministro, o conteúdo das conversas mostra que o objetivo das medidas é fortalecer a extrema-direita no Brasil.

“Vimos aí pelas mensagens trocadas que o único objetivo é livrar a cara dos golpistas. Essa hostilidade não tem nenhuma finalidade que não seja reabilitar a extrema-direita no Brasil.”

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.