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Grupo queima boneco de Trump e bandeira dos EUA em protesto contra tarifaço em BH

Integrantes do Levante Popular criticaram atos do ‘imperialismo norte-americano’ contra o Brasil e colocaram fogo em boneco do presidente Donald Trump

Cerca de 15 manifestantes do grupo Levante Popular colocou fogo em boneco do presidente Donald Trump, em protesto em BH

Manifestantes do Levante Popular da Juventude, queimaram nesta sexta-feira (1º), em Belo Horizonte, um boneco do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a bandeira dos EUA em protesto contra o tarifaço de produtos brasileiros e em defesa da soberania nacional.

Os atos aconteceram nas portas do Escritório da Embaixada dos Estados Unidos em BH e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), ambos localizados na Região Centro Sul da capital mineira.

O grupo, com cerca de 15 manifestantes, se posicionou contra as tarifas aplicadas pelo governo americano ao Brasil. O reajuste determinado por Trump aumentou para 50% algumas categorias de produtos exportados para os EUA.

Trump anunciou o aumento da taxação de produtos brasileiros no dia 9 de julho e disse que as novas taxas passariam a valer a partir de 1º de agosto. Sem interlocução com a Casa Branca, o governo brasileiro encontrou dificuldades em negociar as taxas, mas nesta semana, o governo Trump anunciou que 700 produtos seriam retirados da lista que terá aumento da taxação.

Nas redes sociais, o grupo afirmou que o “tarifaço é uma clara tentativa do imperialismo norte-americano de pressionar para que nosso país abra mão dos interesses do povo brasileiro, com a conivência de setores inimigos do povo e entreguistas, como a FIEMG e o governo Zema”. O ato do Levante Popular teve apoio da União da Juventude Socialista e do coletivo Afronte.

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com Escritório da Embaixada dos Estados Unidos em Belo Horizonte e, assim que houver retorno, essa matéria será atualizada.

Por meio de nota, a FIEMG ressaltou que atua em defesa do setor produtivo e tem adotado medidas em busca do diálogo para reverter os impactos do tarifaço de Trump.

“A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) esclarece que atua — e sempre atuou — em defesa do setor produtivo. Desde o anúncio do tarifaço pelos Estados Unidos, a entidade tem defendido, com firmeza, a adoção de medidas baseadas no diálogo e na negociação, com foco na reversão ou redução das tarifas impostas, na prorrogação de sua entrada em vigor e, caso necessário, na implementação de ações mitigadoras para preservar empregos e garantir a sobrevivência das empresas”, diz a FIEMG em nota.

Na semana passada, a FIEMG e o governador Romeu Zema se manifestaram contra o tarifaço, criticando as medidas de Trump e apontando os impactos negativos das medidas as exportações mineiras. Na quarta-feira, uma reunião entre o presidente da federação, Flávio Roscoe, e o governador, terminou com um pacote de medidas sugeridas para lidar com a alta de taxas.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.