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Trump confirma ordem para tarifaço de 50% sobre exportações do Brasil

Segundo a Casa Branca, ações recentes do governo brasileiro representam uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia americana

O presidente dos EUA, Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva – comparável a um decreto presidencial no Brasil – em que declara emergência nacional para justificar a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros.

Com os 10% já aplicados em 2 de abril, o total vai a 50%, conforme anunciado pelo republicano em 9 de julho.

Em um comunicado, a Casa Branca afirma que os Estados Unidos consideram que políticas e ações recentes do governo brasileiro representam uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia americana.

Segundo a administração republicana, a ordem executiva leva em conta a “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivados” pelo governo brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.

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O texto também menciona o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo a Casa Branca, é um “juiz estrangeiro tirânico”.

“Desde 2019, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem abusado de sua autoridade judicial para ameaçar, atingir e intimidar milhares de seus oponentes políticos, proteger aliados corruptos e reprimir dissidências, muitas vezes em coordenação com outras autoridades brasileiras, incluindo outros ministros do Supremo Tribunal Federal, em detrimento de empresas americanas que operam no Brasil”, diz a nota.

A assinatura da ordem executiva veio no mesmo dia em que Moraes foi sancionado pelo governo americano com base na Lei Magnitsky.

Ainda segundo a Casa Branca, com a medida, Trump está “defendendo empresas americanas da extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana da censura e salvando a economia americana de ficar sujeita aos decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.