A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou para que os países-membros da União Europeia (UE) aprovem o acordo comercial com o Mercosul, em meio à resistência de países importantes como França e Itália.
"É de enorme importância que obtenhamos a luz verde para o Mercosul e que possamos completar as assinaturas para o Mercosul”, disse a belga antes de uma reunião da comissão em Bruxelas nesta quinta-feira (18).
O acordo com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai criaria uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, mas precisa ser aprovado pelos países-membros da UE.
Líderes como o presidente da França,
Protesto em Bruxelas
Um
Segundo a CNN, manifestantes atiraram bombas de fumaça e batatas contra a polícia, que revidou com jatos de água de alta pressão.
Os manifestantes dirigiram tratores até Bruxelas, buzinando e dando cobertura aos manifestantes que lançavam projéteis contra a polícia.
O que é o acordo Mercosul-UE?
Negociado desde 1999, o tratado entre União Europeia e Mercosul busca criar a maior área de comércio do mundo, reunindo cerca de 718 milhões de consumidores e um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 22 trilhões de dólares.
O acordo prevê tarifas reduzidas ou zeradas para uma série de setores industriais e agrícolas, de acordo com as especificidades de cada mercado. Na parte do Mercosul, a oferta é de uma ampla liberalização tarifária de uma cesta de produtos. Cerca de 77% dos produtos agropecuários que a União Europeia compra de países do bloco da América do Sul podem ter as tarifas zeradas.
Apenas uma parcela reduzida dos bens negociados entre os dois blocos estão sujeitos a alíquotas ou tratamentos não tarifários. Para o setor automotivo, por exemplo, estão em negociação condições especiais para veículos elétricos, movidos a hidrogênio e novas tecnologias em um período de 18, 25 e 30 anos.
*Com Estadão Conteúdo