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Gleisi critica urgência para anistia: ‘Não é a agenda que interessa ao Brasil’

Segundo a ministra das Relações Institucionais, a proposta está ‘longe de abrir caminho para qualquer pacificação’

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou a votação da urgência para a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023, aprovada na Câmara dos Deputados na noite de quinta-feira (17). Segundo ela, a proposta “não é a agenda que interessa ao Brasil”.

“Discutir anistia para quem tentou golpe de estado, antes mesmo do trânsito em julgado de sua condenação pelo STF, não é a agenda que interessa ao Brasil e à população. Longe de abrir caminho para qualquer pacificação, seria uma afronta ao Judiciário e à consciência democrática do país”, escreveu a chefe da articulação política do governo, em seu perfil no X.

Sem mencionar diretamente uma proposta de redução das penas por crimes contra a democracia, Gleisi defendeu que o Congresso tem “plena competência” para discutir uma mudança na legislação, mas desde que “num ambiente de serenidade, sem pressões de qualquer natureza”.

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“De forma açodada não haverá resultado positivo e neste momento, as pautas urgentes para o país são os projetos direcionados à justiça tributária e a beneficiar milhões de famílias com a isenção de tarifas de energia e do acesso ao gás de cozinha, entre outros”, concluiu.

Ontem, após a aprovação da urgência, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Brasil precisa de “pacificação” e que o texto para o qual a urgência foi aprovada sofrerá alterações.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.