O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que o voto do colega de Corte Luiz Fux na ação penal que julgou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não fortalece o projeto de anistia no Congresso Nacional. Gilmar ainda ponderou que a posição do ministro pela absolvição de seis dos oito réus está “pregada em incoerências”.
A declaração aconteceu nesta segunda-feira (15) em evento no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em São Paulo. “Não, não vejo assim”, disse, quando questionado sobre um possível crescimento da anistia no Congresso após a condenação do ex-presidente.
Sobre o voto de Fux, Gilmar Mendes afirmou que ele está “pregado em incoerências”. “Porque, a meu ver, se não houve golpe, não deveria ter havido condenação. Condenar o (Mauro Cid) e o Braga Netto e deixar todos os demais de fora parece uma contradição nos próprios termos”, opinou.
O ministro ainda foi questionado se votaria com o relator, Alexandre de Moraes, pela condenação dos oito réus na ação penal que tratava da trama golpista. “De maneira inequívoca”, frisou.