O futuro político do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), depende não apenas da vontade dele e dos que articulam uma possível filiação do novista ao PSD, mas também de um acerto entre Gilberto Kassab, presidente nacional da legenda, e Rodrigo Pacheco, senador pelo partido cotado para disputar o governo de Minas.
Enquanto uma ala da sigla defende que o novista seja integrado aos quadros, outra parte quer uma candidatura própria liderada por Pacheco, que é o favorito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar o cargo. No entanto, Pacheco ainda não se decidiu. O parlamentar também está na lista de possíveis nomes para o Supremo Tribunal Federal, caso Luís Roberto Barroso, ex-presidente da Corte, antecipe sua aposentadoria.
Pacheco deve decidir sobre uma eventual candidatura até o início de novembro, após a decisão de Barroso. Já o encontro entre o senador e Kassab também deve acontecer quando o mineiro tiver uma resposta sobre o próprio futuro.
Mesmo que Simões acerte sua mudança, nada será oficializado sem que Pacheco, o principal quadro do partido em Minas - além do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tenha acertado as arestas com o comando da legenda.