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Federalização de estatais deve ser prioridade da Assembleia após recesso, diz Simões

O Comitê Gestor do Propag em Minas se reuniu nesta quarta-feira (16) para discutir a ausência de um posicionamento do Tesouro Nacional sobre os ativos públicos

Romeu Zema, governador, Mateus Simões, vice-governador, e Tadeu Leite, presidente da ALMG.

O governo de Minas Gerais quer que o projeto que autoriza a venda de empresas estatais seja a prioridade da Assembleia Legislativa após o recesso parlamentar. A pressa, segundo o vice-governador Mateus Simões (Novo), se deve ao prazo para aderir ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados com a União (Propag) e também à postura da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vinculada ao Ministério da Fazenda.

Nesta quarta-feira (16), o Comitê Gestor do Propag em Minas se reuniu para buscar soluções diante da ausência de manifestação da STN sobre os ativos públicos que podem ser usados para amortizar até 20% da dívida.

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Sem um posicionamento do Tesouro Nacional, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não tem como iniciar as avaliações dos ativos disponibilizados pelo governo.

Não tivemos resposta ainda sobre quais são as empresas que eles aceitaram, nem as condições em que aceitariam essas empresas. Também ainda não recebemos resposta formal sobre o modelo de avaliação, já que a avaliação do BNDES só será feita no ano que vem”.
— disse Simões.

O Estado tem até 31 de dezembro como data-limite para aderir ao programa. No entanto, as ofertas de federalização precisam ser encaminhadas à União até o dia 30 de outubro.

Em agosto, quando os deputados retomarem as atividades no Legislativo, a expectativa do vice-governador é que a discussão envolvendo as estatais, como a Cemig e a Copasa, seja prioridade. “Os projetos dos imóveis e da Universidade do Estado, a UEMG, são importantes, mas eu dedicaria minha atenção, no começo do próximo mês, considerando os dados que tivemos e o prazo mais curto para as empresas, à discussão sobre as estatais”, avaliou.

Diferentes projetos

Cada estatal a ser federalizada tem um projeto próprio no chamado “Pacote Propag”, conjunto de textos enviados pelo Executivo para a Assembleia. Um deles, no entanto, trata, de forma geral, da autorização para transferir à União as participações societárias nas empresas estatais de propriedade do Estado.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.