Neste 7 de setembro, o tradicional feriado da Independência ganha contornos de disputa política aberta. Direita e esquerda organizam atos em diversas cidades do país e transformam as comemorações oficiais em um palco de enfrentamento simbólico. O tamanho das manifestações deve servir como um termômetro para medir a força de cada campo no atual cenário nacional.
A direita em defesa de Bolsonaro
- São Paulo: Avenida Paulista, às 15h, com presença de lideranças como o governador Tarcísio de Freitas, o governador mineiro Romeu Zema e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
- Rio de Janeiro: Copacabana, a partir das 11h.
- Brasília: concentração em frente à Torre de TV, às 9h.
- Outras capitais: Belo Horizonte, Florianópolis, além de municípios do interior.
A esquerda e o Grito dos Excluídos
Em resposta,
Entre as principais pautas estão:
- Taxação de grandes fortunas;
- Redução da jornada de trabalho;
- Isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil;
- Defesa da soberania nacional e dos direitos sociais.
Os atos estão confirmados em 24 capitais e dezenas de cidades.
- São Paulo: atividades começaram cedo, às 7h, na Praça da Sé, com caminhada em direção ao centro.
- Rio de Janeiro: concentração na Presidente Vargas, às 9h.
- Brasília: encontro no Conic, a partir das 10h.
- Também há mobilizações em Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e outras capitais do Nordeste e Sul.
Brasília como vitrine da polarização
Na capital federal, o contraste será ainda mais evidente. A Secretaria de Segurança Pública do DF determinou que os dois grupos fiquem separados por cerca de 3 km para evitar confrontos:
- Direita: Torre de TV, às 9h;
- Esquerda: Conic, no mesmo horário.
Além da separação geográfica, a SSP-DF reforçou as restrições:
- Proibidos: máscaras que cubram todo o rosto, capacetes, cartazes e símbolos com mensagens racistas, homofóbicas, sexistas ou xenofóbicas.
- Já estavam na lista: drones sem autorização, fogos de artifício, armas, animais e coolers.
Um 7 de setembro de disputa
Mais do que a celebração da Independência, o domingo será um teste de mobilização para os dois lados. A direita busca mostrar força em torno da figura de Bolsonaro e pressionar pelo perdão aos condenados do 8 de janeiro. A esquerda aposta na agenda social e no discurso de soberania para reforçar o apoio ao governo Lula e ao seu projeto político.
Com atos programados em diferentes regiões e a atenção voltada para Brasília, este 7 de setembro se confirma como um capítulo decisivo da polarização que marca a vida política brasileira.