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Empossado presidente do PT, Edinho Silva fala em preparação para ausência de Lula nas eleições

Ex-prefeito de Araraquara comandará o partido até 2029 e será responsável por conduzir a legenda durante a campanha do presidente à reeleição

Gleisi Hoffmann (esq.) Jilmar Tatto (cen.) e Edinho Silva (dir.) durante evento do PT, em Brasília

O ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro, Edinho Silva, foi empossado neste domingo (3) como novo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). A solenidade aconteceu durante o 17º Encontro Nacional da legenda, realizado em Brasília, e teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Edinho substitui o senador Humberto Costa (PT-PE), que assumiu a sigla interinamente em março após Gleisi Hoffmann ter deixado a presidência para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais do governo. Ele ficará no cargo até 2029.

No discurso de posse, o novo presidente petista destacou que o partido precisa se preparar para a ausência de Lula no cenário eleitoral após uma eventual reeleição no próximo ano.

“Nós teremos no próximo período tarefas fundamentais. Primeiro, nós temos a responsabilidade de construir o Partido dos Trabalhadores quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando o nosso projeto”, declarou.

Segundo Edinho, o tema da segurança pública precisa ser uma das prioridades do partido já que é uma “necessidade da sociedade”. Ele defendeu ainda uma aproximação maior com as bases e uma reforma eleitoral para acabar com o enfraquecimento do Executivo frente ao Congresso.

O petista criticou ainda o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificado por ele como “o maior líder fascista do século XXI”, e seguiu a linha adotada pelo PT de defesa da soberania nacional diante da pressão do governo americano pela anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

“Nós não admitiremos que nenhuma das nossas instituições sejam atacadas e que nós vamos dizer que não somos e não queremos ser um puxadinho
dos Estados Unidos, não somos e não queremos ser o quintal dos Estados Unidos”, enfatizou.

Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.