O PL de Minas Gerais espera definir oficialmente o pré-candidato que vai disputar uma cadeira no Senado Federal nas eleições do ano que vem até o final de outubro. Com vários nomes aventados dentro do partido – que vão desde o presidente estadual da sigla, Domingos Sávio, até o deputado federal Eros Biondini, o vereador de Belo Horizonte Vile, o deputado estadual Cristiano Caporezzo e Marco Antônio, o “Superman” – ainda não há uma escolha definitiva dentro da legenda.
O presidente da sigla, que também é deputado federal, tem bom trato com Jair Bolsonaro (PL) e pode conseguir a bênção do ex-presidente para concorrer pelo partido em 2026, segundo fontes relataram à Itatiaia. Contudo, o mesmo acontece com outros nomes, que tentam se aproximar do ex-presidente para ter sua bênção. Nesse cenário, a disputa ainda não está encerrada. Enquanto Sávio, Biondini e Vile tem performado bem em pesquisas internas do partido que testam os nomes dos pré-candidatos ao Senado, ainda sobram articulações antigas – e egos – a serem superados. A avaliação, por ora, é de que uma definição precisa passar pelo ex-presidente, além de ter a chancela da bancada federal da legenda, para além da viabilidade eleitoral.
Questionado pela reportagem, Sávio se limitou a dizer que as perspectivas para que ele concorra pelo partido são “boas”. “Ainda não temos definição oficial de quem será o candidato do PL ao senado. Embora eu seja pré-candidato, temos outros bons nomes que também são pré-candidatos ao Senado. Eu tenho tido a prudência de aguardar para no momento oportuno com o apoio das bancadas estadual e federal e de nosso presidente Bolsonaro lançarmos uma candidatura de consenso”, afirmou.
Vile, por sua vez, afirma que sua pré-candidatura tem viabilidade e diz que é o candidato que mais tem trânsito com os maiores expoentes da direita mineira, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o deputado estadual Bruno Engler (PL) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos). “Sem contar que converso com a candidatura direto com Jair, e só estou esperando o comando dele”, pontua.
Ainda de acordo com o vereador, a vaga do Senado, no próximo ano, para a direita, deve ser de alguém com “energia e juventude” para “lutar contra os abusos de Alexandre de Moraes”.
Incômodos na legenda
Enquanto o partido busca um nome de consenso, figuras novas no cenário eleitoral e político dentro do PL têm causado incômodo em quadros mais estabelecidos dentro do partido. Exemplos são as articulações promovidas por “Superman” e Vile para tentar abocanhar a cadeira no Senado Federal.
Ao passo que “Superman” é tratado por muitos dentro do partido como um “forasteiro sem experiência política”, visto que veio de São Paulo para Minas Gerais com o intuito de se lançar candidato ao Senado, Vile é tido como “pouco maduro” por parte das lideranças do PL mineiro.
Vile, apesar de ter tido uma votação expressiva na capital mineira, ainda é visto como um novato na política, que “acabou de assumir um mandato de vereador”, e com “pouco capital eleitoral” para concorrer à vaga. “Coisa de aventureiro acontece em partidinho pequeno”, disse uma fonte, em reserva, sobre a possível candidatura de Vile.
À época da última visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Belo Horizonte, um quadro do PL também afirmou que Marco Antônio “nunca teve” o apoio do ex-presidente Bolsonaro, o que ele alega ter. O parlamentar alegou que o influenciador “chegou contando mentiras” em Minas. Segundo o político, as declarações de Superman geraram desconforto e desgaste interno no PL, principalmente pelo fato da legenda já ter vários nomes que podem disputar a vaga no Senado.