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Os adjetivos foram amplamente usados pela militância do partido, especialmente durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e em críticas posteriores ao ex-chefe do Executivo. O motivo para desincentivar o uso dos termos é o risco de o militante ou influenciador sofrer processos judiciais.
Conforme o manual, é “permitido” dizer que “determinado comportamento ‘é típico do fascismo’ ou ‘se aproxima do fascismo’” e “criticar a gestão da pandemia dizendo que foi ‘genocida’, desde que no sentido político, com base em dados (ex.: mortes evitáveis)”.
“A elaboração do manual atendeu a uma demanda apresentada pelos próprios influenciadores apoiadores do PT, que reuniram suas principais dúvidas e relataram experiências concretas, incluindo processos judiciais já enfrentados”, justifica o partido em publicação em seu site oficial.
Outros temas abordados pelo PT no manual incluem a possibilidade, ou não, do uso de vídeos e prints de parlamentares e influenciadores de direita para rebater acusações, estratégias para fomentar conteúdo nas redes e como agir perante uma notificação judicial.
O influenciador petista Henrique Lopes, que foi um dos que ajudaram a costurar o texto, afirma que a “atuação diária contra a extrema direita é complexa”. “Eles frequentemente são os primeiros a cometer crimes virtuais e a recorrer ao assédio judicial contra quem os confronta. O manual nasce para proteger a militância e qualificar a informação”, afirma.
Por fim, o partido alerta aos militantes que “processos judiciais têm se tornado cada vez mais frequentes, sobretudo quando influenciadores abordam informações envolvendo empresários, parlamentares que cometem irregularidades ou políticos locais que controlam veículos de comunicação”.