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Dino sinaliza apoio à manutenção dos benefícios da delação de Mauro Cid

Ministro afirmou que colaboração do ex-ajudante de ordens foi útil para esclarecer os fatos da suposta trama golpista

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou nesta terça-feira (9) que votará a favor de manter os benefícios concedidos ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), em razão de seu acordo de delação premiada.

“Vou aquilatar posteriormente, no grau máximo possível, os benefícios a ele deferidos, porque considero que a delação atendeu aos seus objetivos de esclarecimento dos fatos e de utilidade para a investigação e para a elucidação de outros elementos”, afirmou Dino.

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A declaração do ministro aconteceu enquanto proferia o seu voto no processo em que Bolsonaro e outros sete aliados são réus acusados de planejarem uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Caso os ministros confirmem a validade do acordo, Cid poderá receber uma pena mínima. Em sua colaboração, ele pediu perdão judicial ou, de forma alternativa, uma condenação com a menor pena prevista.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também defendeu a manutenção do acordo, destacando que, embora a Polícia Federal (PF) tenha descoberto os eventos relacionados à trama golpista, a delação de Cid trouxe “profundidade” às investigações e ajudou a esclarecer pontos importantes do caso.

As defesas de outros réus, por outro lado, contestaram a delação e pediram que ela não fosse confirmada pelo STF.

Durante seu voto, o relator Alexandre de Moraes defendeu a validade da colaboração. Agora, os demais ministros também devem se posicionar sobre o tema antes da conclusão do julgamento.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.
Jornalista pela UFMG, Lucas Negrisoli é editor de política. Tem experiência em coberturas de política, economia, tecnologia e trends. Tem passagens como repórter pelo jornal O Tempo e como editor pelo portal BHAZ. Foi agraciado com o prêmio CDL/BH em 2024.
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.