A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS rejeitou, nesta quinta-feira (4), o requerimento que pedia a convocação do empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A solicitação, apresentada pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), não alcançou votos suficientes para avançar.
Mais cedo, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, havia sinalizado intenção de incluir o nome de Lulinha na pauta, sob o argumento de que ele poderia esclarecer eventuais vínculos familiares com contratos e serviços ligados ao INSS. A maioria dos integrantes, porém, avaliou que não há relação direta entre o empresário e o núcleo principal da investigação, que apura fraudes, descontos indevidos e irregularidades em empréstimos consignados concedidos a beneficiários da Previdência Social.
A justificativa apresentada pelo Novo mencionava que levantamentos financeiros em análise pela comissão apontariam possíveis conexões entre operadores envolvidos nas fraudes e pessoas próximas ao filho do presidente Lula (PT). O partido também citava episódios relacionados a aliados petistas que teriam recebido valores de empresas investigadas, o que, na avaliação da sigla, reforçaria a pertinência da oitiva.
A decisão ocorreu no mesmo dia em que a CPMI aprovou, em votação simbólica,
O colegiado também aprovou pedidos de informação ao INSS, à Controladoria-Geral da União, à Dataprev e ao Conselho Nacional de Previdência Social, além da solicitação de Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) para rastrear o fluxo de recursos e identificar possíveis responsabilidades administrativas e financeiras.
Até o momento, nem Fábio Luís Lula da Silva nem o Palácio do Planalto se manifestaram sobre a decisão da comissão.