A proposta de incluir o tema “mudanças climáticas” no currículo escolar deve entrar no novo Plano Nacional de Educação (PNE), que está em discussão no Congresso Nacional. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a intenção é garantir um eixo específico sobre meio ambiente e mudanças climáticas nas metas que vão orientar a política educacional brasileira pelos próximos dez anos.
“Já está proposto no relatório do deputado Mousses a inclusão de um eixo do PNE sobre a questão ambiental e das mudanças climáticas”, afirmou o ministro durante a COP 30, em Belém do Pará, nesta quarta-feira (12).
Camilo explicou que, a partir da aprovação do plano, o governo deve iniciar um processo de revisão das diretrizes curriculares nacionais da educação ambiental, para definir se o tema continuará sendo tratado de forma transversal ou se passará a integrar uma disciplina específica, como já acontece no estado do Pará.
“O Pará foi pioneiro ao incluir uma disciplina de educação ambiental no currículo dos alunos do ensino médio. Nós vamos passar por esse processo de discussão”, disse o ministro.De acordo com ele, a inclusão do tema é fundamental diante da crescente ocorrência de desastres climáticos no país. “Pensar em questões ambientais não é mais questão do futuro, é questão do presente. O que vimos no Rio Grande do Sul, no Paraná e na região Norte mostra que precisamos construir protocolos para enfrentar e prevenir esses eventos”, afirmou ele.
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O ministro também falou sobre a necessidade de formação de professores, produção de material pedagógico e investimento em políticas públicas para consolidar a educação ambiental nas escolas públicas.
“Fortalecer esse tema é essencial para preparar nossas futuras gerações e garantir um planeta sustentável. E lembrar que o elemento mais importante do meio ambiente é o ser humano, as pessoas que vivem nas florestas, os ribeirinhos, agricultores, indígenas e quilombolas, que precisam ser vistos com dignidade”, completou.
O ministro disse ainda que a realização da COP 30 em Belém, em 2025, é uma oportunidade para ampliar o engajamento dos estudantes. “Espero que os alunos possam visitar, participar dos debates e trocar experiências. Quem sabe até ver alguma questão relacionada à COP nas provas do Enem”.