Ouvindo...

CLJ pede mais informações sobre PL que dá meia-entrada para profissionais de saúde em BH

O projeto inclui os profissionais das redes pública e privada no grupo dos 40% com direito à meia-entrada em eventos culturais e esportivos da capital mineira.

A proposta contempla profissionais da saúde da rede municipal e privada da capital mineira.

A Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) aprovou, nesta terça-feira (23), a proposta de diligência que solicita mais informações sobre o Projeto de Lei (PL) 423/2025.

O texto, de autoria do vereador Bruno Pedralva (PT), propõe que os profissionais do sistema público e privado de saúde da capital mineira tenham direito à meia-entrada em eventos artísticos, culturais, cinematográficos, esportivos e em espaços públicos de lazer e turismo.

A proposta tramita na Câmara após outro PL — que prevê a meia-entrada para professores da educação básica de BH nesses eventos — ter sido aprovado em primeiro e segundo turno no plenário. O projeto, de autoria do vereador Helton Júnior (PSD), obteve a maioria dos votos, mas foi alvo de críticas por parte de alguns parlamentares.

Nesta terça-feira, na CLJ, a vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), que já havia demonstrado insatisfação com a proposta anterior, voltou a criticar o que considera um excesso de projetos voltados à concessão de meia-entrada. “Não se trata de falta de reconhecimento com algumas categorias, nem de ignorar a dedicação de certos setores, mas, na tentativa de tornar todo mundo especial, no fim, ninguém acaba sendo”, afirmou.

Leia também

A parlamentar continuou sua argumentação, dizendo que a inclusão de mais um grupo dentro dos 40% dos ingressos reservados para meia-entrada pode acabar gerando um custo adicional para os consumidores que não são contemplados pelo benefício. “Quem deveria ter prioridade no acesso à cultura acaba ficando de fora, pois o preço dos ingressos se torna extremamente alto”, ponderou.

O relator do projeto na CLJ, vereador Vile (PL), que indicou a proposta de diligência, declarou que “não existe meia-entrada” e que o benefício é, na verdade, “um passar a mão na cabeça do povo, que, mais uma vez, é enganado”.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.