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Após ter prisão revogada, Mauro Cid é levado à Polícia Federal para prestar depoimento

Ex-ajudante de ordens teve decreto de prisão desta sexta (13) revogado, mas dará esclarecimentos à PF

Mauro Cid nesta segunda-feira (9).

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (13).

O depoimento acontece após Cid ter a prisão revogada no âmbito da investigação que mira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que teria atuado para obter a expedição de um passaporte português para Cid.

Mauro Cid chegou a ser preso manhã desta sexta-feira pela PF. No entanto, logo depois, a prisão foi revogada. Mais cedo, policiais federais prenderam Gilson Machado em Recife (PE).

Entenda o caso

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra Gilson Machado. Ele é suspeito de tentar atrapalhar as investigações, além de favorecer interesses pessoais.

O pedido tem como base um relatório da Polícia Federal, que aponta que Machado teria atuado, no dia 12 de maio, para tentar conseguir um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid. A solicitação foi feita junto ao consulado de Portugal em Recife (PE) e, segundo os investigadores, o objetivo era possibilitar a saída de Cid do Brasil.

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Outro ponto que chamou a atenção da PF foi o uso do perfil de Machado no Instagram para promover uma campanha de arrecadação financeira supostamente destinada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

No documento enviado ao STF, Gonet afirma que, embora Machado não tenha conseguido emitir o passaporte para Cid, ainda existe a preocupação de que ele tente recorrer a outras representações diplomáticas — como embaixadas e consulados de outros países — para atingir esse mesmo objetivo.

Diante dos indícios, a Procuradoria-Geral da República considera que Machado pode estar tentando dificultar o andamento do processo que apura uma tentativa de golpe de Estado. Por isso, além da abertura do inquérito, Gonet pediu ao ministro Alexandre de Moraes a autorização para que sejam realizadas buscas e apreensões como parte das medidas investigativas.

Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia na capital federal.