A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira (3), em entrevista à CNN
“Eu estou muito tranquila com a questão de fuga ou extradição. Até para tranquilizar meus familiares que estão assistindo. Eu tenho passaporte italiano, estou nos Estados Unidos, vem fazer um tratamento de saúde. Tenho uma síndrome rara, que causa uma série de problemas, e busco sempre um tratamento. Não estou tratando de depressão, tenho psiquiatra e psicólogo no Brasil. Minha intenção era ficar no Brasil, mas sinto que não temos mais Justiça no nosso país. Então vim para fora do Brasil”, afirmou Zambelli.
“Eu não tinha nenhuma proibição de sair do país. Alexandre de Moraes tomou meu passaporte irregularmente em 2023, tão ilegítimo, que sequer tinha me proibido de sair do país. Tanto que eu estive aqui na posse do Donald Trump. Como cidadã italiana, sou intocável na Itália. Não há o que ele possa fazer para me extraditar. Estou muito tranquila quanto a isso”, continuou a deputada.
Questionada se teme ser presa ou se considera que a saída do Brasil pode prejudicar sua trajetória politica no país, Zambelli afirmou que não teve direito de ampla defesa e está sendo condenada por questões políticas.
“Se eu tenho passaporte italiano, eles podem colocar a Interpol, mas não vão me prender. Sou cidadã italiana e só poderia ser preso se a Justiça italiana me prendesse. Em relação a ficar conhecida como alguém que escapou, eu digo que iria para a prisão se tivesse feito algo errado. Não é o caso. Estou sendo presa por perseguição política. Não há provas contra mim”, afirmou Zambelli.
Licença da Câmara
A deputada Carla Zambelli informou que deixou o Brasil, inicialmente, para buscar tratamento médico.
No final do mês passado, a defesa da deputada apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a
Os advogados dizem ter havido cerceamento de defesa e alegam não terem conseguido acesso total às provas produzidas na investigação do caso. Com base nisso, os defensores pedem a absolvição da parlamentar e o afastamento de outras consequências da decisão, como a perda do mandato.