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Conselheiros de BH pedem tarifa-zero nos ônibus para pacientes a caminho dos hospitais

Em audiência na Câmara de BH integrantes do Conselho Municipal de Saúde apresentaram outras reivindicações como, por exemplo, reformas nas UPAs da capital mineira, além da ampliação no número de academias da cidade

Comissão de Orçamento e Finanças Públicas na CMBH deu o pontapé na discussão sobre o orçamento de 2026

Representantes do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS), que participaram de uma audiência pública na Comissão de Orçamento e Finanças Públicas na Câmara Municipal (CMBH) nesta segunda-feira (2), reivindicaram melhorias no sistema de saúde pública da capital.

Entre elas, a criação de um “vale-transporte saúde” para usuários cadastrados no CadÚnico realizarem o deslocamento para hospitais e centros de atendimento.

A proposta partiu do conselheiro Flávio Moreno. Ele citou de exemplo o Centro de Saúde do bairro Havaí, na região Oeste de BH. “Hoje em dia foi criada uma linha de ônibus, o 209, que passa por lá, mas se formos olhar a passagem custa R$ 5,75. Se o paciente tiver acompanhante, ida e volta, dá mais de R$ 23. Se for mais de uma consulta por mês, isso impacta diretamente na vida das pessoas. Já que existe um subsídio de bilhões para os concessionários, ele precisa ser transformado em benefícios sociais”, disse.

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Além do vale-transporte, outras propostas foram apresentadas:

  • Ampliação e reforma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade.
  • Redução no tempo de espera para consultas especializadas.
  • Ampliação das Academias da Cidade.

As reivindicações foram discutidas na audiência sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do município em 2026.

A prefeitura de BH prevê uma receita primária para 2026 de R$ 20,020 bilhões, com as despesas ficando em torno de R$ 20,610 bilhões. Desta forma, o Executivo prevê um déficit de R$ 589,8 milhões.

Os secretários de Planejamento e da Fazenda de Belo Horizonte, Bruno Passeli e Pedro Meneguetti, também participaram da audiência, mas de forma remota.

Em resposta, Passeli disse que o Executivo está disposto a participar de construções coletivas, junto à população, incluindo os conselheiros, mas afirmou que determinadas propostas só serão discutidas durante a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2026.

Não vamos incluir coisas muito detalhadas, pois isso não é função da LDO. Não vamos falar de um serviço, de fornecer um equipamento, de uma regional e atender um público específico. Isso não é matéria de LDO, é matéria de LOA, e vamos tratar isso a partir de ações, programas, subprogramas. Todos podem participar. Não vamos tirar a participação de ninguém”.
— disse o secretário.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.