O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), encerra nesta sexta-feira (30) suas agendas por El Salvador,
Segundo o governo de Minas, o encontro contou também com a presença do secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, o secretário de Comunicação Social (Secom), Bernardo Santos, e o superintendente de relações nacionais e internacionais da Secretaria de Casa Civil (SCC), Igor Tameirão. Antes, o grupo esteve também na Assembleia Legislativa de El Salvador, onde se encontrou com o presidente da Casa, Ernesto Castro.
Na agenda, Ulloa afirmou que o primeiro passo no combate à violência é caracterizar as organizações criminosas como terroristas. “A violência era como uma pandemia em nosso país. Os criminosos entravam nas comunidades e falavam ‘quero a sua casa, você tem 24 horas para sair’. Só em uma região, recuperamos 3,5 mil casas”, afirmou.
Partes do encontro foram registradas nas redes sociais do governador, que voltou a falar sobre o suposto sucesso do plano de segurança pública de El Salvador. “Países que estão em guerra têm homicídios na quantidade que o Brasil tem. E eu tenho certeza que é um problema solucionável que, mais do que vontade política, depende de coragem”, afirmou.
O governador também publicou imagens de sua visita que repercutiram na imprensa local.
Ao anunciar que viajaria para El Salvador,
A reportagem da Itatiaia questionou o governo de Minas se alguma agenda oficial envolvendo Zema e Bukele estava prevista, mas não teve retorno.
Bukele e Marçal
O presidente de El Salvador não tem histórico de se encontrar com autoridades brasileiras. Recentemente, o empresário e ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), esteve no país e não esteve com Bukele, mas com o ministro da Justiça e Segurança de El Salvador, Gustavo Villatoro.
Planos contra o crime
Nayib Bukele está na presidência de El Salvador desde 2019. Em 2022, ele declarou guerra às facções criminosas e, desde então, o governo do país apresenta números oficiais de combate à criminalidade que apontam para uma redução de cerca de 70% nos índices de homicídios entre 2019 e 2022.
Contudo, organizações internacionais, como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, alertam para os métodos utilizados no processo.
Mais de 70 mil pessoas foram presas desde o início do chamado “regime de exceção”, muitas sem direito à defesa adequada ou sem acusações claras, segundo as entidades. Há também registros de mortes sob custódia, desaparecimentos e relatos de tortura.