A definição do novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve entrar na pauta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apenas na próxima semana, segundo aliados do Palácio do Planalto. A expectativa é de que uma nova indicação para o comando definitivo do órgão seja formalizada nos próximos dias.
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A presidência do INSS ficou vaga após a demissão de Alessandro Stefanutto, afastado por decisão da Justiça.
As investigações revelaram um esquema de cobranças irregulares em aposentadorias, com valores entre R$ 30 e R$ 50 mensais. Embora o dinheiro devesse ser repassado a entidades de aposentados para oferecer benefícios como descontos em academias ou serviços funerários, na prática, muitas cobranças eram feitas sem consentimento e sem a prestação de qualquer serviço. Desde 2019, a prática resultou na arrecadação irregular de cerca de R$ 6,3 bilhões.
A fraude, indicam as investigações, aconteceria com anuência do agora ex-presidente. A operação também identificou falhas na verificação das autorizações e indícios de falsificação de documentos. Ao todo, 11 entidades foram alvo de medidas judiciais.
Enquanto o governo não confirma um nome definitivo para a presidência, o INSS será comandado interinamente por Débora Floriano, atual diretora de Operações e Logística da instituição. Servidora de carreira desde 2008, Débora assumiu a Diretoria de Orçamento, Finanças e Logística em setembro de 2023.