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Ex-ministro de Bolsonaro não pressionou Forças Armadas, argumenta defesa

Na sustentação oral, o advogado de Paulo Sérgio Nogueira disse que a delação de Mauro Cid é usada pela PGR apenas quando é “conveniente”

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro.

O advogado de defesa do ex-ministro da Defesa do governo de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Sérgio Nogueira, usou a delação premiada de Mauro Cid para argumentar que o general do Exercício não estaria como parte da suposta trama golpista.

Nesta terça-feira (25), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia uma série de sessões para analisar a denúncia contra o ex-presidente Bolsonaro e outros sete acusados, inclusive Paulo Sérgio Nogueira, por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições.

O julgamento irá definir se Bolsonaro e os demais acusados serão réus, ou não, no processo.

Na sustentação oral, Andrew Farias afirmou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou uma “justa causa” contra o ex-ministro.

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Em delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, contou que o ex-ministro concluiu que não se poderia comprovar fraude nas eleições porque não era possível auditar as urnas eletrônicas.

Ele alega ainda que Paulo Sérgio Nogueira não tinha conhecimento do documento “ Punhal Verde e Amarelo”, estando alheio a este processo.

Para a defesa do ex-ministro, a delação de Cid é citada pela PGR apenas “quando conveniente”.

A argumentação usada contra o ex-ministro é que ele fez parte do “núcleo crucial” do grupo que planejava aplicar o golpe.

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima
  • Deterioração de patrimônio tombado: pena prevista de um a três anos de prisão.

Caso vire réu, se condenado pelo STF, o ex-ministro pode pegar até 43 anos de prisão.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.