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Zucco sobre condenação de presa pelo 8 de janeiro: ‘crime foi ter manchada uma estátua de batom’

Zucco (PL-RS) considera pena de 14 anos para Débora Rodrigues uma ‘mancha de crueldade’ e defende anistia para presos do 8 de janeiro

O deputado Zucco (PL-RS) expressou forte crítica à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por pichar uma estátua da corte com batom. O parlamentar comparou este caso com o recente arquivamento de uma ação contra um doleiro investigado na Operação Lava Jato, ordenado pelo ministro Gilmar Mendes.

Segundo Zucco, a disparidade entre as decisões judiciais evidencia por que ‘os brasileiros não confiam mais na justiça brasileira’. Ele enfatizou que o crime de Rodrigues foi escrever a frase ‘Perdeu mané' na estátua, fazendo referência a uma declaração anterior do ministro Luís Roberto Barroso.

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Críticas à desproporcionalidade da pena

O deputado ressaltou que Débora Rodrigues é mãe de dois filhos, sem antecedentes criminais, e já está presa há dois anos longe da família. Zucco argumentou que a sentença é desproporcional, afirmando: ‘A mancha de batom sai facilmente com água e sabão, mas a mancha de injustiça e crueldade que vocês estão deixando na história deste país (...) nunca se apagará'.

Zucco também criticou o que considera ser um tratamento diferenciado do STF em relação a diferentes casos. Ele alegou que a corte ‘alivia para corruptos e bandidos’ enquanto condena severamente uma manifestante por um ato de vandalismo.

Defesa da anistia e mobilização política

O parlamentar utilizou o caso para reforçar a defesa da anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele declarou que a condenação de Débora Rodrigues motiva a continuidade da ‘luta pela liberdade dos presos políticos do 8 de Janeiro’, considerando a aprovação da anistia como ‘uma pauta decisiva para o futuro do país’.

A manifestação do deputado Zucco reflete a crescente tensão entre setores da direita política e o Supremo Tribunal Federal, especialmente no que diz respeito ao tratamento dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e à percepção de parcialidade nas decisões da corte.

Ita
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