O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quarta-feira (5) o plano feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de assumir o controle da Faixa de Gaza. A ideia do presidente norte-americano é reconstruir o território devastado pela guerra no Oriente Médio, algo que foi classificado como “incompreensível” por Lula.
A proposta do governo Trump foi lançada em coletiva de imprensa concedida na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"É uma coisa praticamente incompreensível para qualquer ser humano. As pessoas precisam parar de falar aquilo que lhe vem na cabeça. [...] Cada um governa o seu país e vamos deixar os outros países em paz”, criticou o presidente.
Planos de paz
O presidente Lula criticou a retaliação promovida por Israel sobre o povo de Gaza, e classificou as ações do exército isralense na região como um “genocídio”.
“O que aconteceu em Gaza foi um genocídio, e eu sinceramente não sei se os Estados Unidos, que fazem parte de tudo isso, seriam o país para tentar cuidar de Gaza. Quem tem que cuidar de Gaza são os palestinos. O que eles precisam é ter uma reparação de tudo aquilo que foi destruído, para quem possam reconstruir suas casas, hospitais, escolas, e viver dignamente com respeito.”
Para o presidente brasileiro, a solução de paz na região de Gaza passa pela proposta de criação de um novo estado, algo defendido pelo governo brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU).
"É por isso que nós defendemos a criação do Estado Palestino, igual o Estado de Israel, e estabelecer uma política de convivência harmônica, porque é disso que o mundo precisa. O mundo não precisa de arrogância, de frases de efeito. O mundo precisa de paz e tranquilidade”, disse ele.