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Governo diz que não faz pré-julgamento de plataformas, mas quer segurança digital

AGU realizou audiência pública para debater mudanças na política de checagem de conteúdos da Meta

Da esquerda para a direita: a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e a secretaria de Direito Digital do Ministério da Justiça, Lílian Cintra de Melo

O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse nesta quarta-feira (22) que o governo não faz pré-julgamento das ações das plataformas digitais, mas quer garantir a segurança dos brasileiros.

“Não existe prejulgamento de nenhuma ação realizada por qualquer plataforma, nós temos interesse de dialogar e de trabalhar em cooperação com todas as plataformas, com todas as redes digitais”, declarou Messias.

Ele abriu uma audiência pública convocada pela Advocacia-Geral da União (AGU) para debater as mudanças na política de checagem de fatos e moderação de conteúdos da Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp.

Participam da reunião pesquisadores, associações de imprensa e entidades ligadas aos direitos humanos. Apesar de convidada, a Meta não enviou representante.

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Segundo Messias, as considerações feitas pelos debatedores serão encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, que julga processos sobre as atribuições das plataformas, e ao Congresso Nacional, onde tramitam projetos de regulação das redes sociais.

“Estaremos colocando todos os nossos esforços para que isso [segurança no ambiente digital] seja uma realidade, para que as mães e os pais de família possam ficar muito mais tranquilos com as suas crianças, que os comerciantes fiquem mais tranquilos e seguros na realização dos seus negócios, que os consumidores se sintam mais protegidos na realização das suas operações diárias utilizando essas plataformas e que a sociedade em geral sinta que pode confiar”, destacou o advogado-geral da União.

Também presente na abertura, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, demonstrou preocupação com a disseminação de discursos de ódio nas redes sociais.

“Nos preocupa muito a expansão do racismo, da misoginia, dos preconceitos mais variados. É fundamental que possamos avançar na direção de ambientes digitais seguros e que respeitem os direitos humanos”, afirmou Macaé.


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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.