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PGR frustra defesa de Braga Netto e pede manutenção da prisão do general

Ex-candidato a vice-presidência na chapa de Bolsonaro, em 2022, está preso por supostamente tentar atrapalhar as investigações relacionadas a um golpe de estado

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário à libertação do general da reserva Walter Braga Netto, preso na semana passada no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no âmbito das investigações de um suposto plano de golpe de estado em 2022.

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O parecer da PGR frustrou o plano da defesa do general, que havia solicitado ao STF que a prisão preventiva fosse substituída por outras medidas cautelares. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que as razões que justificaram a prisão inicial ainda permanecem válidas.

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Braga Netto foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do chamado “inquérito do golpe” no STF. De acordo com a Polícia Federal, o general, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, estaria tentando obstruir as investigações. Ele é acusado de buscar aproximação com familiares de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para acessar informações sigilosas da delação de Cid.

De acordo com a PF, as tentativas de interferência tinham como objetivo controlar as informações fornecidas por Mauro Cid e alinhar as versões entre os investigados, o que configuraria obstrução da Justiça.

A defesa de Braga Netto, por sua vez, nega qualquer tentativa de obstrução e questiona os fundamentos da prisão preventiva, que segue sendo analisada pelo STF.


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Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio